domingo, 22 de abril de 2012

SANGUE - EXAME DE SANGUE - COMPREENDENDO SEU EXAME DE SANGUE - CURIOSIDADES

13.07.2014
CURIOSIDADE:

Uma ressalva: Em casos extremamente raros, um fenômeno chamado de  Fenótipo Bombaim, na qual  pessoas que possuem  “A”, “B”, ou “AB”  expressam o grupo sanguíneo “O”.
O SANGUE 
O sangue é um tecido vivo que tem como principais funções transportar o oxigênio dos pulmões para o corpo, defender o organismo contra infecções e promover a coagulação.

Ele é produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Nas crianças, também os ossos longos, como o fêmur, produzem sangue.
O sangue recebe os alimentos já assimilados e os transporta para as células. Que precisam estar aptas a receber os nutrientes. Soltas e não aglomeradas. - Mais uma vez a importância do uso do aparelho de Eletroterapia - GFU 

Recolhe também todos os resíduos que se formam nos órgãos e os leva até os rins para serem eliminados através da urina. Como já colocado várias vezes. Nosso corpo funcionando de forma integrada. TODOS OS ÓRGÃOS E SISTEMAS TRABALHAM EM CONJUNTO.
Aqui a importância de um bom funcionamento dos rins.






O sangue é composto de uma parte líquida e de uma parte sólida. 

Plasma

A parte líquida é o plasma, que contém proteínas, hormônios e fatores de coagulação, entre outros componentes.
 
A parte sólida é formada pelas células, que são transportadas pelo plasma. Essas células são de três tipos:

Hemácias

1. Glóbulos Vermelhos, também chamados de Hemácias ou Eritrócitos. Contém a hemoglobina, substância que faz o transporte do oxigênio dos pulmões para as células e do gás carbônico das células para os pulmões, onde será eliminado. É a hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue. Mais abaixo: Como ler um exame de sangue 

Leucócitos

2. Glóbulos Brancos, também chamados de Leucócitos. Têm como principal função defender o organismo contra elementos externos, evitando, por exemplo, infecções.

Plaquetas
3. Plaquetas são as células especializadas em estancar sangramentos. Atuam na coagulação do sangue junto com outros fatores de coagulação dissolvidos no plasma.
A quantidade de sangue que circula no corpo corresponde a 1/12 do peso corporal de cada pessoa. Alguém que pese 70 kg tem, em média, 5 litros de sangue.

A quantidade de sangue que circula no corpo corresponde a 1/12 do peso corporal de cada pessoa. Alguém que pese 70 kg tem, em média, 5 litros de sangue.


Encarregado de tantas e variadas atribuições o sangue é uma variedade de tecido conjuntivo e pode ser considerado o único tecido líquido do corpo.
http://www.hemoap.ap.gov.br/hematologia_1.php


O sangue possui antígenos e anticorpos
Existem em nosso sangue certos tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, cuja função é produzir proteínas especiais denominadas anticorpos. 

Quando micro organismos ou substâncias estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. Essa reação de defesa é fundamental para proteger nosso organismo contra o constante assédio de micro organismos causadores de doenças. Veja a importância de estarmos com nosso sistema de defesa fortalecido. Um dos vários objetivos do GFU


Aprofundando.....

O oxigênio é levado às células pelo sangue, por meio das moléculas de hemoglobina existentes nos glóbulos vermelhos.

NOME
CARACTERÍSTICAS
Eritrócitos (glóbulos vermelhos)
Forma discoidal, biconcavo, repleta de hemoglobina, transporta oxigênio para os tecidos.




Leucócitos (góbulos brancos)







Granulosos

Neutrófilo
Forma esférica, núcleo trilobulado; Fagocitam bactérias e corpos estranhos.
Eosinófilo (acidófilo)
Forma esférica, núcleo bilobulado; participam das reações alérgicas, produzindo histamina.
Basófilo
Forma esférica, núcleo irregular. Acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem histamina e heparina.


Agranulosos
Linfócitos
(B e T)

Forma esférica, núcleo também esférico; participam dos processos de defesa imunitária, produzindo e regulando a produção de anticorpos.

Monócito
Forma esférica, núcleo oval ou reniforme, originam macrófagos e osteocclastos, células especializadas em fagocitar.
Plaquetas (trombócitos)
Forma irregular, sem núcleo, participam dos processos de coagulação do sangue.

COMPOSIÇÃO DO SANGUE (PLASMA)
Proteínas especiais
Albuminas, Globulinas (anticorpos), Fibrinogênio, Protombina, Aglutininas
Outras substâncias orgânicas
Enzimas, Anticorpos, Hormônios, Vitaminas
Lipídios
Colesterol, Triglicérides
Glucídios
Glicose
Substâncias nitrogenadas
Uréia, Ácido úrico, Creatinina
Sais inorgânicos
Sódio, Cloro, Potássio, Cálcio, Fosfatos

Hematologia
Hematologia é o ramo da medicina que tem como função o estudo do sangue, seus distúrbios e doenças. Estuda seus elementos figurados como os glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas, além de estudar os órgão onde são produzidos, como a medula óssea o linfonodo e o baço.

Como entender seu exame de sangue. O estudo abaixo vem de pesquisas na Net, reunião com médicos clínicos e especialistas em áreas diversas. Procurei colocar de forma simples para que ficasse mais fácil. Fico a disposição e peço que ao compartilharem coloquem a fonte : http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/2011/03/9.html
Textos de Helô Fontoura
Hemograma
hemograma é um exame que analisa as variações quantitativas e morfológicas dos elementos figurados do sangue.

———————–SÉRIE VERMELHA———————
Geralmente a primeira parte do Hemograma é a série vermelha (Eritrograma) onde são avaliados os números de hemácias e a concentração de hemoglobina.





•Os Eritrócitos são os famosos glóbulos vermelhos, que carregam um pigmento, a hemoglobina. Níveis mais baixos dessas células indicam anemia. As taxas normais são: em homens de 4,3 até 5,7 milhões por ml cúbico. Mulheres de 3,9 até 5,0 milhões por ml cúbico.

HEMÁCIAS: Hemácias são unidades morfológicas da série vermelha do sangue, também designadas por eritrócitos ou glóbulos. Os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade (todo laboratório coloca os valores de referência no próprio resultado de exame). Valores baixos de hemácias podem indicar um caso de anemia normocítica (aquela que as hemácias tem tamanho normal, mas existe pouca produção dessas células), valores altos são chamados de eritrocitose e podem indicar policitemia (oposto da anemia, pode aumentar a espessura do sangue, reduzindo a sua velocidade de circulação).


•Hemoglobina - Mais que colorir o sangue, ela é responsável por transportar o oxigênio. Quantidades abaixo do normal também sugerem anemia. Taxas normais - Homens de 12 até 15,5 gramas por decilitro. Mulheres de 13,5 até 17,5 gramas por decilitro.

HEMOGLOBINA é uma proteína presente nas hemácias. É um pigmento que dá a cor vermelha ao sangue e é responsável pelo transporte de oxigênio no corpo. A hemoglobina baixa causa descoramento do sangue, palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos.

Hematócrito - É o percentual de glóbulos vermelhos em certa quantidade de plasma, a parte líquida do sangue. Valores baixos são sinais de anemia.
HEMATÓCRITO é a porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume sanguíneo. Valores baixos podem indicar uma provável anemia e um valor alto também pode ser um caso de policitemia.

VCM (Volume Corpuscular Médio): Ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. No exame pode vir escrito: microcíticas (indica hemácias muito pequenas), macrocíticas (hemácias grandes). Todas essas alterações indicam que algo está errado.
Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo: 
hemácias grandes indicam anemias por carência de ácido fólico.
hemácias pequenas indicam anemias por falta de ferro. 
Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.
- E o Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.

HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da hemoglobina dentro das hemácias. Também ajudam a decifrar casos diferentes de anemias.

CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): é a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Pode vir escrito: hipocrômica (pouco hemoglobina na hemácia), hipercrômica (quantidade de hemoglobina além do normal).

O que RDW significa?
RDW é a abreviação para "larga distribuição de células vermelhar do sangue". De acordo com o Lab Tests Online, o RDW calcula o volume dos vários tamanhos de células vermelhas do sangue (RBC) em uma amostra de sangue. Um teste de RDW é normalmente realizado no hemograma completo.

RDW e VCM
A análise do RDW em conjunto com o VCM  vão dar importantes informações em termos de anemia e outros distúrbios 
Por exemplo: 
níveis baixos de VCM combinados com o RDW normal podem apontar para doença crônica.
- níveis baixos de VCM combinados com o RDW baixo pode indicar a deficiência de ferro. 

VCM  normal combinado com RDW alto pode significar uma deficiência de B12. 

RDW alto pode significar que um paciente está experimentando deficiência de folato.


———————–SÉRIE BRANCA———————
A segunda parte do hemograma é a série branca (leucograma) é constituída pelos glóbulos brancos. Nesta parte, acontece a avaliação do número de leucócitos, além disso, é feita a diferenciação celular.

LEUCÓCITOS: É o valor total dos leucócitos no sangue. Valores altos, é chamado leucocitose e assinala, principalmente, uma infecção. Claro, mas também pode indicar outras doenças
- Quando essa contagem dá mais baixa que o normal (leucopeniaindica depressão da medula óssea, resultado de infecções virais ou de reações tóxicas. Os leucócitos são diferenciados em cinco tipos no hemograma. Seus valores colaboram para esclarecer e diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas.

Neutrófilos: É a célula mais encontrada em adultos. Seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em infecção viral.

Linfócitos: É a célula predominante nas crianças. Em adultos, seu aumento pode ser indício de infecção viral ou, mais raramente, leucemia.

Monócitos: Quando estão aumentados indica infecções virais. Os valores são alterados também, após quimioterapia.

Eosinófilos: Seu número além do normal, indica casos de processos alérgicos ou parasitoses.

Basófilos: Em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%, além desse valor indica processos alérgicos.


Hemácias em Vermelho,
Leucócitos - Amarelo ,
Plaquetas (trombócitos) - Verde claro

CONTAGEM DE PLAQUETASAs plaquetas são componentes do sangue fabricados pela medula óssea responsáveis pela coagulação do nosso sangue. É por isso que a queda brusca do valor das plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica.
http://diariodebiologia.com/

 Imagem da Net - Constituição do Sangue

Muito legal esse site - tem um resumo dos resultados dos exames
http://www.proanalise.com/informacoes_exames.html







Os exames de sangue e seus resultados são uma parte do quadro geral de diagnóstico, e não devem ser a única ferramenta utilizada. 
A avaliação dos sintomas é ainda o melhor método de diagnóstico e que explica os resultados dos exames de sangue.

Os componentes celulares do sangue
  • Os glóbulos vermelhos
  • Os glóbulos brancos
  • As plaquetas
  • As proteínas albumina e hemoglobina
  • Diferença entre plasma e soro
  • Os eletrólitos
  • Os micronutrientes
  • Os hormônios e excretas metabólicas
  • O grupo ABO
  • O fator Rh

Hemograma

Para se conhecer a composição do sangue, a forma mais comum é a sua análise bioquímica e celular, por meio do hemograma.

O sangue é composto basicamente de água e é dividido em plasma (60%) e células. 
Veja a importância de estar "bem limpo e oxigenado "


Na centrifugação do sangue não-coagulado, ocorre essa divisão, podendo se verificar que a parte mais densa (celular) é composta, principalmente, por hemácias, sendo denominada hematócrito.

Embora o hematócrito seja toda a parte celular do sangue não-coagulado, no ponto de vista prático, pode-se caracterizar o hematócrito como a quantidade de hemácias presente no sangue. 

O aumento do hematócrito significa o aumento na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue, que pode ser derivado de uma policitemia (aumento do número de células do sangue), ou devido à perda de líquido sanguíneo.

A contagem dos hematócritos é feita em relação ao plasma (parte líquida do sangue): proporção do sangue total ocupado pelos glóbulos vermelhos.


CIRCULAÇÃO E FUNÇÕES DO SANGUE

Funções do sangue

• transporte
• defesa
• regulação

- O plasma transporta os nutrientes até às células e destas recebe produtos da respiração celular.
- As hemácias transportam o oxigênio até às células e destas recebem parte do dióxido de carbono.
- Os leucócitos defendem o organismo de microrganismos invasores.

- As plaquetas sanguíneas intervêm na coagulação do sangue.


OBJETIVO:
Descrever o sangue e analisar a sua importância na manutenção da integridade celular e na atividade metabólica dos tecidos. Estudar o sistema de circulação e transporte do sangue até as células. 

- O deslocamento do sangue através dos tecidos depende da ação da bomba cardíaca e da sua condução pelas artérias, veias e capilares.
 - O sangue circula no organismo humano, transportando oxigênio dos pulmões para os tecidos, onde é liberado para as células através das membranas dos capilares. 
- Ao retornar dos tecidos, conduz o dióxido de carbono e os demais resíduos do metabolismo celular, para eliminação através da respiração, do suor, da urina ou das fezes.


CIRCULAÇÃO PERIFÉRICA
O sangue exerce as suas funções contido no sistema circulatório, que consiste de um grande sistema fechado, constituído por vasos que conduzem o sangue aos tecidos e destes de volta aos átrios, para novo ciclo através do organismo.

- As artérias transportam o sangue bombeado pelo coração para os tecidos. 

- À medida que se afastam do coração, as artérias se ramificam em múltiplos ramos de diâmetros decrescentes, até formarem as arteríolas, os menores ramos da rede arterial. 

- As arteríolas se conectam à rede de capilares do organismo, que tem contato íntimo com todas as células. 

- Na extremidade oposta, os capilares reagrupam-se em vênulas, cujo conjunto forma as veias, que acompanham regularmente o trajeto das artérias, em sentido inverso, até se reunirem nas grandes veias cava superior e inferior, que drenam o sangue de volta ao átrio direito.

- O revestimento interno do coração é o endocárdio, que se continua com o endotélio, que reveste o sistema circulatório. O endotélio é a única estrutura que tem contato com o sangue. 
Por sua natureza e propriedades especiais o endotélio ajuda a manter o sangue na forma líquida, sem formar coágulos. Nas veias, o endotélio forma pregas ou cúspides a intervalos regulares, que funcionam como válvulas unidirecionais e auxiliam a orientar a corrente do sangue para o átrio direito.

A MICROCIRCULAÇÃO
A microcirculação é o segmento do sistema circulatório que inclui os capilares e as porções terminais das arteríolas e vênulas. 

Constitui unidades funcionais bem definidas, cuja organização visa facilitar a função nutritiva e excretora do sangue. 

A arteríola terminal se continua na metarteríola, que tem a camada muscular descontínua, ao contrário da arteríola terminal. A metarteríola origina diversos capilares, que formam um conjunto enovelado. Na extremidade oposta, os capilares se reunem, formando as vênulas. 


Intercalada entre a metarteríola e a vênula existe uma comunicação artério-venosa (anastomose AV), que permite ao sangue das arteríolas terminais alcançar diretamente o sistema venular sem atravessar os capilares.

 No início da metarteríola existe um pequeno e denso anel muscular, o esfíncter pré-capilar, cuja contração fecha a entrada de sangue nos capilares. Na porção inicial das vênulas existe uma outra estrutura muscular, chamada esfíncter pós-capilar, cuja contração dificulta a saída do sangue dos capilares. 

Os esfíncteres desempenham um importante papel na regulação do fluxo de sangue nos capilares, especialmente os esfíncteres pós-capilares, que respondem aos estímulos químicos locais dos tecidos. 

O sangue pode seguir diferentes trajetos na microcirculação, dependendo das necessidades dos tecidos. A constrição do esfíncter pré-capilar força a passagem do sangue da arteríola para a vênula, sem atravessar os capilares. 
Quando as necessidades de oxigênio dos tecidos aumentam, há abertura de um grande número de esfíncteres, para irrigar uma maior quantidade de capilares. 
Os capilares tem o comprimento aproximado de 1 milímetro; seu diâmetro médio varia de 8 a 12 microns (milésimo de milímetro). Existem cerca de 5 a 10 bilhões de capilares em um adulto, o que corresponde à uma área de 500 a 700 m2. Se todo o sistema capilar pudesse ser disposto em linha reta, ocuparia a extensão aproximada de 136.000 Km. 

Cada centímetro quadrado de tecido muscular contém, aproximadamente, 250.000 capilares. Esta ampla distribuição permite que cada célula do organismo tenha um capilar próximo, geralmente à uma distância inferior à 20 ou 30 mícrons, que favorece as trocas de elementos nutritivos e de eliminação.

TROCAS TRANSCAPILARES
A função mais importante do sangue, a permuta de nutrientes e dejetos celulares com os tecidos, se processa nos capilares. A organização do sistema capilar na microcirculação favorece as trocas entre os capilares e as células dos tecidos.
parede capilar consiste apenas do endotélio e apresenta pequenos canalículos ou poros que são atravessados pela água, por um grande número de moléculas hidrossolúveis e pela maioria dos íons.

 As substâncias solúveis nas gorduras, como algumas vitaminas, por exemplo, dissolvem-se na membrana capilar e atravessam a sua extensão, sem passar pelos poros.

As substâncias podem atravessar as membranas celulares por dois mecanismos: difusão e transporte ativo
A difusão é o resultado do movimento permanente das moléculas da água e das substâncias dissolvidas, em várias direções. As moléculas tendem a se deslocar das áreas de maior concentração para as de menor concentração. A maior parte das trocas entre as células e o sangue, ocorre pelo fenômeno da difusão.
O transporte ativo é o movimento de substâncias através da membrana, em combinação química com moléculas carreadoras.

As moléculas da água se difundem para o líquido extracelular e a seguir, para a parte interna da célula. Podem ainda atravessar os poros da membrana capilar, através das fendas intercelulares. 

As moléculas das proteinas plasmáticas, contudo, são maiores que os poros capilares. Outras substâncias como os íons de sódio, cloro, glicose e uréia, possuem diâmetros intermediários. Por isso, a permeabilidade dos poros capilares varia de acordo com os diâmetros das moléculas de cada substância. 
Quando uma substância está em concentração muito reduzida no líquido extracelular e a célula necessita de maior quantidade da substância, esta deve ser transportada ativamente através das membranas celulares. 

O transporte ativo depende de compostos químicos chamados carreadores.

 Os carreadores tem afinidade pela substância a ser transportada, para que a substância e o carreador possam se combinar na superfície externa da membrana. Os dois se difundem através da membrana e, por ação de enzimas que utilizam o ATP (trifosfato de adenosina), a substância se separa do carreador.

 A substância fica no interior da membrana, enquanto o carreador retorna à parte externa da célula para conduzir outra molécula. 
Em todas as membranas do organismo existe um mecanismo de transporte ativo de íons sódio e potássio.

 Este mecanismo é chamado bomba de sódio e potássio

O carreador transporta o sódio do interior para o exterior das células e o potássio, de fora para o interior das células. 

O mesmo carreador fragmenta as moléculas de ATP para utilizar a sua energia e fazer a transferência do sódio e do potássio. 
O movimento de líquidos através as paredes dos capilares é determinado pelas forças hidrostáticas e osmóticas nos dois lados da membrana capilar. 

pressão capilar ou pressão hidrostática, tende a fazer o líquido sair do capilar para o espaço intersticial. 

pressão coloido-osmótica determinada pelas proteinas do plasma sanguíneo, tende a fazer o líquido do interstício penetrar no capilar. 

A extremidade arterial do capilar tem elevada pressão hidrostática e permite a saída de líquido do plasma para o espaço intersticial. 

A extremidade venosa do capilar tem pressão hidrostática menor, que permite o retorno do líquido ao sistema capilar. 

Cerca de 90% da água que deixa o capilar no extremo arterial, retorna ao seu interior, no extremo venoso. A diferença é utilizada pelas células ou alcança o sistema linfáticoCom a água, atravessam a membrana, os íons, glicose e outros nutrientes fundamentais. 
O fluxo do sangue nos capilares é regulado pelas necessidades locais dos tecidos. O sangue nos capilares não flui num rítmo contínuo. Os esfincteres pré-capilares e as metarteríolas contraem e relaxam alternadamente, em ciclos de 5 a 10 vêzes por minuto. 

O fator que determina o gráu de abertura dos esfíncteres é a concentração de oxigênio nos tecidos

Quando a concentração de oxigênio é baixa, os esfíncteres pré-capilares permanecem abertos, aumentando o afluxo de sangue. 

Quanto maior é a utilização de oxigênio pelos tecidos, tanto maior é o fluxo de sangue pelos seus capilares. 

A ritmicidade da contração dos esfincteres é própria e independe dos batimentos cardíacos ou da transmissão da onda de pulso do sistema arterial até a microcirculação.
O SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático funciona como um complemento do sistema circulatório; representa uma via acessória através da qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue.

  O sistema linfático tem a finalidade de remover proteinas e outros elementos macromoleculares e celulares que alcançam os tecidos e não podem ser captados pela microcirculação. O líquido que circula no sistema linfático é a linfa
O sistema linfático é constituído por uma imensa rede de capilares especiais, muito finos chamados capilares linfáticos, que se unem em capilares maiores e drenam nos gânglios linfáticos que existem em todo o organismo. Canais linfáticos emergem dos gânglios e se reunem para formar o canal torácico, que desemboca na veia subclávia esquerda.

O sistema linfático não constitui um sistema fechado, como o sistema circulatório. 
Todos os tecidos do organismo, com raras exceções, possuem canais linfáticos que drenam o excesso de líquidos dos espaços intersticiais. A pequena fração de proteinas que alcança os líquidos intersticiais à partir dos capilares da microcirculação é recolhida pelo sistema linfático e, através do canal torácico, reintegrada ao sangue circulante. 
A maior parte dos líquidos dos espaços intersticiais flui por entre as células e é reabsorvido nos capilares venosos da microcirculação. 

Uma pequena parcela do líquido intersticial (cerca de 10%) é absorvida nos capilares linfáticos.

 Os capilares linfáticos tem uma estrutura especial; as células endoteliais do capilar linfático emitem filamentos que ancoram o capilar entre as células dos tecidos.

O capilar linfático tem poros; as suas células formam uma estrutura particular, como válvulas, que impedem o refluxo do material que penetra no capilar. A água ou as grandes moléculas, uma vez ingressadas no capilar linfático não podem retornar ao líquido intersticial. Aproximadamente 100 ml. de linfa fluem a cada hora, através do canal torácico. 
Os gânglios linfáticos são formações que se dispõem ao longo do trajeto dos vasos linfáticos; existem aproximadamente 600 gânglios linfáticos distribuidos pelo organismo, reunidos em grupos que drenam regiões ou órgãos específicos.

 O diâmetro dos gânglios linfáticos varia de poucos milímetros até cerca de 1 cm. As funções dos gânglios linfáticos são filtrar a linfa e produzir os linfócitos. 

Nas infecções bacterianas, os gânglios linfáticos retém os agentes invasores transportados pelos canais linfáticos; a destruição dos invasores produz reação inflamatória intensa no seu interior. Em casos de disseminação de câncer por via linfática, os gânglios retém as células malignas temporariamente, dificultando a sua propagação ao restante do organismo. 
FUNÇÕES DO SANGUE
A principal função do sangue é a de transportar o oxigênio e outros nutrientes como glicose, aminoácidos, proteinas, gorduras, água, eletrólitos e elementos minerais até as células do organismo e remover o dióxido de carbono e outros resíduos do metabolismo celular para detoxificação ou eliminação. 
O sangue participa do ajuste do teor de água dos diversos compartimentos líquidos do organismo e regula a concentração de íons H+ mediante trocas iônicas e pela ação dos sistemas tampão, fundamentais à manutenção do pH dentro de limites adequados à função das enzimas e organelas celulares. 
O sangue distribui os hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas, por todo o organismo e participa dos mecanismos de regulação da temperatura corporal. 
O sangue concentra um importante sistema de defesa do organismo contra agentes invasores de diversas naturezas, incluindo-se as bactérias e agentes químicos. 
O sangue participa da detoxificação, transporte e eliminação de substâncias absorvidas pelo organismo, inclusive os agentes farmacológicos, promovendo a sua eliminação, através dos pulmões, dos rins, pele ou pelas fezes.

COMPOSIÇÃO DO SANGUE
Os órgãos são agregados de muitas células, unidas por estruturas intercelulares de sustentação. 

Os grupos de células que desempenham uma mesma função são denominados tecidos. 

O organismo humano é constituído por cerca de 75 trilhões de células, organizadas em tecidos de diferentes tipos e funções. 

As hemácias são as células mais numerosas, das quais existem cerca de 25 trilhões. 
O sangue é um tecido líquido complexo, de alta viscosidade, com grande teor de água e composto por elementos celulares e plasma. 

É formado por uma fase celular, que compreende os eritrocitos (hemacias), leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas, que são fragmentos celulares.

 A outra fase do sangue é líquida, o plasma sanguíneo, que contém 91% de água; contém ainda proteinas, eletrólitos, gorduras, glicose, hormônios e numerosas outras substâncias. 
VOLEMIA DOS INDIVÍDUOS

Peso (Kg)
Volemia (ml/Kg)
Neonato a 10 Kg
85
11 a 20
80
21 a 30
75
31 a 40
65
> de 40
60


Fig. 3. Volume sanguíneo aproximado, em relação ao peso dos indivíduos.
O volume de sangue existente no sistema circulatório é chamado volemia e tem relação com a idade, o peso e a massa corporal do indivíduo. 


Um adulto pode ter de 4 a 6 litros de sangue no organismo. 

O volume total de sangue na idade adulta corresponde à aproximadamente 60 ml. para cada quilograma de pêso. 

O volume relativo de sangue é maior nas crianças que nos adultos, conforme demonstra a figura 3, que correlaciona o volume de sangue do organismo com o peso dos indivíduos. 
Uma criança recém nascida tem 85 ml. de sangue para cada Kg. de peso corporal, enquanto um organismo adulto tem 60 ml. 

O volume de sangue relativo ao peso do organismo é cêrca de 40% maior, nas crianças recém-natas.

 A volemia dos indivíduos é um importante parâmetro na avaliação das perdas sanguíneas agudas, em situações de emergência ou após traumatismos e, pode auxiliar no cálculo do volume de reposição.
Toda a parte líquida do sangue forma o plasma sanguíneo  Cerca de 90% do plasma constituem-se de água pura, na qual estão dissolvidas as numerosas substâncias existentes no sangue. Destas, cerca de 3/4 são sais como sódio, cloro, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e outros. Importância fundamental cabe as proteínas, que também estão dissolvidas no plasma. Em cada litro de sangue existem de 60 a 80 gramas de proteínas. 

A maior parte é constituída pela albumina. Em menor proporção estão as globulinas, relacionadas com a formação de anticorpos, e o fibrinogênio, fundamental no processo de coagulação. As proteínas controlam a viscosidade do sangue, a pressão oncótica e regulam a osmose, entre outras funções. 

Dissolvidos no plasma existem também alguns gases, como o oxigênio, o gás carbônico e, principalmente, o nitrogênio. Ureia, ácido úrico, creatinina, glicose, gorduras e ácidos graxos também se encontram presentes neste sistema de alimentação e defesa do corpo humano.

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